Viola
Spolin nasceu dia 07 de novembro de 1906 em Chigago, e faleceu dia 22 de
novembro de 1994 em Los Angeles, teve apena um filho Paul Sills que seguiu seus
passos profissionais.
Sua
primeira formação foi para ser assistente social, trabalhou junto aos
imigrantes de Chicago na Neva Boyd's Group Work School (Escola de Formação de
Trabalho de Grupo de Neva Boyd), entre 1924-1927 e nesse tempo, o trabalho
inovador realizado por Boyd nas áreas de liderança, recreação e trabalho
social, a partir da estrutura tradicional dos jogos, influenciaram fortemente
Spolin.
Spolin
é autora de inúmeros textos para improvisação, e sua primeira obra foi o livro
improvisação para o teatro, que foi traduzido por Ingrid Koudel e Eduardo Amos
publicado pela editora perspectiva, e assim como este, todos os seus livros
estão publicados no Brasil por essa mesma editora.
Entre
1939 e 1941, Spolin trabalhou como diretora dramática para a seção de Chicago do
projeto do trabalho de administração progressiva recreativa, e a partir daí ela
sentiu necessidade em criar um método que atendesse com mais facilidade aquele
trabalho e que pudesse cruzar as barreiras étnicas e culturais na sua
aplicação.
Em
1946 Spolin fundou a Companhia dos Jovens Atores em Hollywood, onde crianças a
partir de seis anos foram treinadas pelo seu método jogos teatrais, que ainda
estava em desenvolvimento. Essa companhia fechou em 1955, pois Spolin voltou
para Chicago para dirigir o Clube Teatral de Dramaturgos, passando a conduzir
também ensaios de jogos com o Teatro da Busssola, que foi a primeira companhia
de teatro improvisacional.O Teatro de Bussola se torna uma das principais
companhias de teatro da América do Norte.
Em
um pequeno teatro próximo a Universidade de Chicago, no verão de 1955, surge
uma nova forma de comédia chamada teatro improvisacional.
Em
1960 e 1965 Spolin trabalhou com seu filho, o também diretor de teatro Paul
Sills, ainda em Chicago.
Em
1963, publicou seu primeiro livro, Improvisação para o Teatro, que se tornou
referencia para educares e professores de interpretação.
Ainda
em Chicago, no ano de 1965, ela funda juntamente com seu filho Sills, o Jogo
Teatral, onde a plateia interage diretamente com os jogos, eliminado a barreira
que existia entre atores e espectadores, esse trabalho não durou muito tempo,
após alguns meses esse teatro foi fechado.
Em
Los Angeles, nos anos de 1970 e 1971, Spolin foi consultora para a Companhia
teatro História de Paul Sills. Ajudou também a preparação da série de televisão
Friends ond Lovers.
E em
1979 ela ganhou o titulo de Doutora Honoris Causa, pela Universidade de
Michigam.
Em
1975 publicou O Fichário de Viola Spolim, em 1976 ela fundou o Centro de Jogos
Teatrais, em Hollywood, onde atuou até 1990 como diretora artística.
O
Jogo
Segundo
viola Spolim, o ator aprende por sua própria experiência e através da espontaneidade,
onde o ator escolhe intuitivamente as melhores soluções para resolver qualquer
problema cênico, aprendendo assim por
meio de sua própria experiência e experimentação.
Sendo
assim a espontaneidade é a condição essencial para a aquisição da técnica no
teatro, portanto, Spolim defende o Jogo, que é que é o processo natural para
criar o ambiente propicio para induzir essa mesma espontaneidade. Spolim diz:
O
objetivo no qual o jogador deve constantemente concentrar e para o qual toda a
ação deve ser dirigida provoca espontaneidade. Nessa espontaneidade, a
liberdade pessoal é liberada, e a pessoa como um todo é física, intelectual e
intuitivamente despertada. Isto estimulação suficiente para que o aluno
transcenda a si mesmo – ele é libertado para penetrar no ambiente, explorar,
aventurar e enfrentar sem medo todos os perigos. A energia liberada para
resolver o problema, sendo restringida pelas regras do jogo e estabelecida pela
decisão grupal, cria uma explosão – ou espontaneidade – e, como é comum nas
explosões, tudo é destruído, rearranjado, desbloqueado. (Spolin, 1998, p.5)
Sendo assim Spolim ressalta
a importância da técnica, desde que ela venha seguida através de um conjunto de
espontaneidade, pois dessa forma o ator vai saber se expressar de forma natural
fazendo um bom uso da técnica.
Comparação
entre a metodologia de Viola Spolim e a Música
Segundo
Spolim, todas as pessoas são capazes de aprender e atuar, todas são capazes de
criar e improvisar, sendo assim todas as pessoas são capazes de serem
valorizadas no palco.
Tanto
a pessoa “média quanto a “talentosa”, podem ser ensinadas a atuar, é necessário
apenas que as técnicas usadas sejam significativas para o aluno, para que assim
ele possa assimilar o conteúdo.
Dentro
do teatro o aluno deve experenciar, ou seja penetrar no ambiente que eles está
inserido, é envolver-se totalmente com ele, é necessário um envolvimento físico
e intuitivo, principalmente o intuitivo que normalmente é negligenciado no
processo ensino e aprendizagem.
Quando
a resposta a uma experiência se realiza no nível do intuitivo, quando a pessoa
trabalha além de um plano intelectual constrito ela está realmente aberta para
aprender.
Pensando
nessas ideias, podemos perceber o quanto essa filosofia pode ser comparada com
o ensino da música.
Dentro
da música há também um grande trabalho em cima da criatividade e da
improvisação fazendo com que o individua tenha liberdade na hora de se
expressar, utilizando-se do seu sentimento e intuição mais profunda. Suzuki
diz em seu método que toda criança é capaz, nessa citação ele diz:
Não
considero um grande talento como uma possibilidade apenas para pessoas
excepcionais. Toda pessoa criada para isso, treinada para demonstrar talento,
tem condições para tanto, bem como potencial.(Suzuki,1994,p.35)
Nós
temos de praticar e educar nossos talentos, isto é, repetir as atividades até
que elas aconteçam naturalmente, fácil e simplesmente. Esse é todo o
segredo.Quanto mais praticarmos, melhor estaremos. Assim nasce o talento.
(Suzuki,1994,p.43)
Podemos
entender então, que independente da área, qualquer pessoa é capaz de aprender,
desde que o conteúdo seja transmitido de forma dinâmica e significativa para o
aluno, para que dessa forma ele possa se apropriar e usa-la de forma espontânea
e criativa no seu desenvolvimento, adquirindo a técnica necessária para sua
atuação na área, ou apenas para o seu crescimento pessoal e social.
Referências
De
CHIARA, Jussara_O Sistema de jogos
teatrais de viola Spolin
http://www.spolin.us/aboutus/
Acesso em 24 de março.
Holesgrove, Thomas:Técnica e Espontaneidade: uma comparação
das obras de Jerzy Grotowski, Viola Spolin e Kristin Linklater (Universidade
de São Paulo, Escola de Comunicação e Artes, doutorado.)
Alessandra Martins
Oi gostaria de saber se posso utilizar esse texto para fazer um trabalho escolar sem fins lucrativos reproduzir totalmente,parcialmente,adaptar,editar,resumir.
ResponderExcluirnao kkkkk
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